JESUS-CRISTO-SAMANA - GLOSSÁRIO ESOTÉRICO
JESUS – Inúmeras interpretações foram tecidas em torno da vida e da
natureza de Jesus. O Novo Testamento, relato mais difundido de seus atos, foi
montado com textos escolhidos em concílios cristãos, sob critérios em geral
dogmáticos e unilaterais. Ademais, seu sentido original foi deturpado,
voluntária ou involuntariamente, com o decorrer do tempo e com as traduções
sucessivas. Assim, conhecimentos verdadeiros sobre esse membro da Hierarquia
espiritual fizeram-se cada vez mais raros. Relatos semelhantes ao da concepção
sobrenatural de Jesus, conforme descrita nos Evangelhos, são encontrados na
Índia, em relação a Krishna, e no Egito antigo, em relação às suas divindades.
O mito criado em torno de Jesus serviu de
fundamento para uma religião exotérica que depois se dividiu em várias facções,
cada qual detendo perspectivas mais ou menos transcendentais da mensagem que
esse ser veiculou. Algo incomum sempre pairou sobre a sua natureza. Rudolf Steiner
(1861- 1925) apresentou obra notável a respeito dos Evangelhos, com base nas
informações que colhia dos arquivos *akáshicos.
Muito revelou sobre a genealogia de Jesus, esclarecendo a aparente contradição
entre os Evangelhos.
Além disso, explicou como, do
ponto de vista esotérico, os corpos de Jesus foram formados tanto por
substâncias primordiais, equivalentes ao que havia na Terra antes da queda do
homem (o que lhe concedeu saúde e pureza inigualáveis), quanto por elementos
que, depois de comporem os corpos sutis de um antigo avatar, foram preservados
para essa finalidade. Os corpos de Jesus foram preparados no decorrer de várias
encarnações para a tarefa futura que teriam.
Na hora do Batismo, no Jordão,
foram cedidos à entidade Cristo, conforme revelou também
Alice A Bailey em sua transmissão
do ensinamento do Mestre tibetano D.K. (Djwall Khul). No processo de encarnação
de Cristo em Jesus, aplicou-se uma variante da lei de transmutação com
características diferentes das de uma simples transmutação monádica.
Por isso não se podem
estabelecer os limites entre a manifestação de Cristo e a de Jesus a partir do
momento em que essa interação se deu. O que se conhece da vida de Jesus dá
testemunho do seu ensinamento. A entidade cósmica que se exprimiu por seu
intermédio manifesta-se aos homens de acordo com a capacidade de eles acolherem
sua energia e de acordo com o seu nível de consciência. Jesus deu-se conhecer
como Cristo, ao impulsionar nesta humanidade predominantemente o
desenvolvimento da alma.
À medida que o contato do homem
como o nível anímico se estabelece, a energia crística aflora de modo mais
potente e estimula o seu progresso cósmico: o despertar e o desenvolvimento da mônada.
Agindo no plano monâdico, essa entidade é denominada Samana.
Jesus não se dirigiu a determinado povo, sua mensagem é
universal, como toda a obra da Hierarquia; nasceu hebreu, mas seguindo um
destino mundial e com implicações em toda a humanidade da superfície da Terra.
Paul Brunton, em seu livro a Realidade Interna, comenta a origem extraterrestre
de Jesus. Segundo H.P. Blavatsky, Jesus tinha entre suas funções a de trazer a
esta humanidade ensinamentos de origem divina, alicerce de uma nova
civilização. Sua palavra a princípio irradiou-se pelo Ocidente.
Ele sabia que teria poucos seguidores enquanto
estivesse no mundo material e, também, qual seria o desfecho de sua encarnação.
Não veio para fundar organizações, mas para
lançar sementes no íntimo dos seres humanos;
como não correspondeu ás expectativas dos seus contemporâneos, cristalizados na
letra morta das escrituras, foi renegado.
Apesar das tendências retrógradas e da falta
de compreensão da maioria, sua tarefa foi cumprida, pois a energia crística, o
amor-sabedoria, ancorou no interior do planeta, possibilitando implantar hoje
um novo código genético, mais sutil, na parcela resgatável da humanidade. Essa
energia, ademais, permitiu à alma humana polarizar-se no nível intuitivo,
podendo desvincular-se da regência de certas leis restritivas, como por exemplo
a do carma material. Ressalta-se que as palavras “O Reino está dentro de vós”
são uma síntese de um grande ensinamento, cuja essência só agora começa a ser
vislumbrada pela humanidade. É no próprio universo interior que o ser humano
encontra as origens da sua existência, as causas do que se passa no mundo
tangível e o destino que o aguarda. Com essa premissa, mais facilmente se pode
compreender a obra de Jesus e a de outros enviados da Hierarquia, bem como
colaborar nela.
CRISTO - O termo em grego significa
ungido; do ponto de vista da
evolução cósmica, refere-se à consciência que exprime a essência das leis
universais. A vida crística é a aplicação e a vivência corretas dessas leis. Na
atual civilização, esse nome tomou conotações sectárias e ideológicas distantes
de sua acepção genuína. Cristo é o nome dado também a uma Entidade de alta evolução
que, por intermédio de Jesus, exprimiu a energia do Segundo raio Cósmico de
modo singular na face da Terra. Mas, com maior freqüência, o termo refere-se à
energia em si, e não a essa Entidade que a manifestou.
Como consciência, representa a realização divina que um dia a humanidade
inteira vai atingir. Como Avatar, revelou-se por intermédio de vários
instrutores que no decorrer das épocas vieram ao plano físico para conduzir o
homem na senda espiritual. Cristo é energia cósmica de unificação, e não um indivíduo; está em todos
e exprime com liberdade nos que prenunciam etapas futuras de aperfeiçoamento do
gênero humano. É a síntese da vibração do centro do sistema solar, o sol
espiritual, vibração de natureza atrativa que contribui para reconduzir à
Origem o universo criado. Todos os que personificam essa energia imaterial e
sublime podem ser denominados Cristo.
A expressão autêntica da energia crística, o amor-sabedoria, nos níveis
concretos do planeta, significa avanços dos cosmos inteiro. Contudo, inúmeros
dos seus aspectos são ainda desconhecidos da humanidade da superfície
terrestre; isso se deve em parte a que poucos indivíduos se relacionam com ela
de modo impessoal. Neste sistema solar, a energia crística sintetiza as
demais, está presente em todo o seu âmbito e é a via de realização dos seres;
porém há que ser despertada, dinamizada e irradiada. Quanto mais o ser humano
se aproxima do próprio núcleo interno, mais penetra nessa
energia e mais é por ela utilizado como canal de expressão. A energia crística
não é, portanto exclusividade de seitas e religiões e tampouco pode ser
explicada. Para conhecê-la, o homem tem de trilhar a senda da entrega ao seu eu
supremo e deixar-se permear por sua essência de amor.
A verdadeira transformação da consciência é
consumada por essa energia - tudo o que o indivíduo tem de fazer é não colocar
empecilhos à sua atuação e, pelo contrário, facilitá-la com o cultivo do
despojamento e do desapego, pois ela opera no sentido de libertá-lo das ilusões
do mundo formal; é o caminho, a verdade e a vida. A energia crística auxilia-o
a transcender o ego e leva-o a estados mais amplos. O espírito crístico é
sintético; é a qualidade da consciência da **Hierarquia planetária e anota que a coloca
em sintonia com o propósito solar. Como decorrência da manifestação dessa
energia de um modo bastante avançado e aperfeiçoado há dois mil anos, por um
ser encarnado, a estrutura planetária mudou fundamentalmente. As possibilidades
de contatos internos, a evolução da alma e o despertar monádico expandiram-se
na Raça Humana da superfície terrestre depois dessa irradiação nos planos
concretos.
E, desde que se compreenda a cura como o
estabelecimento, na forma, da vibração correspondente à idéia que lhe deu
origem (seja essa forma os corpos de um homem, uma célula ou um átomo
material), a energia crística pode ser considerada curativa, pois é
intermediária entre o padrão arquetípico e o mundo exterior. Quando Cristo se manifestou em Jesus, ele o
fez não só naquele ser mais também nos Apóstolos, estes
chegaram a realizar curas e a expurgar forças involutivas da aura de seus
semelhantes, mesmo quando Jesus estava encarnado. A
energia crística determina a tonalidade da vibração deste sistema solar e de
todos os corpos que dele fazem parte, sem se limitar, entretanto, a esse
âmbito.
O fato de esta galáxia ser qualificada pelo Segundo Raio Cósmico é uma
das razões pelas quais lhe foi possível abrigar uma conjuntura planetária
desequilibrada como a da Terra. Duas consciências distintas prestaram serviço por meio dos veículos
de Jesus: o seu próprio ser, elo entre a humanidade e a Hierarquia
planetária, e a Entidade Cristo, elo entre a Hierarquia planetária e a solar. Por essa interação abriu-se a possibilidade de
consciências atuarem diretamente nos planos materiais sem passar pelo
nascimento físico, utilizando-se para isso dos veículos de um ser encarnado.
Nesses casos, não é necessário tampouco a transmutação monádica: a consciência
expressa-se apenas pelo período necessário ao trabalho evolutivo que lhe cabe
nos planos materiais.
Tal processo, todavia, em nada se
assemelha ao das incorporações de seres humanos terrestres desencarnados em
pessoas sensitivas; a sublime interação de Cristo e Jesus
guarda as chaves da união do homem com essência da vida, por ele denominada
Pai, e é referência para a sua realização hoje. Essa interação não foi de todo desvelada, exceto
nos planos internos, a certos Iniciados. Agora, porém, com os impulsos trazidos
pela transição planetária e com a consumação da fase começada há vinte
séculos, muitos véus rompem-se e a aproximação da humanidade à Hierarquia pode
efetivar-se de maneira inédita na história da Terra. Quando Cristo encarnou utilizando os corpos de Jesus, propiciou-o uma conjuntura não
apenas planetária e solar, mas também cósmica: nos
níveis internos, Sirius, Sol, Vênus e Terra se alinharam.
O início da nova fase tornou-se possível para o planeta. Cristo representava a ligação do Sol e da Fraternidade
de Sirius com a Terra, e Jesus a ligação da Terra com o Sol
por intermédio de Vênus; na unificação da consciência de Cristo e Jesus, e no serviço por eles prestado ao
permear a matéria terrestre, o circuito energético Terra - Vênus - Sol - Sirius
pôde ser consolidado. As energias que fluíram nessa conjuntura especial estavam
imbuídas das emanações cósmicas de ***Sirius. Grande foi à potência dessa
manifestação crística, preparada durante épocas pelas Hierarquias e por
manifestações anteriores. Segundo Rudolf Steiner, Vishva
Karman era o nome de Cristo para os antigos Rishis da Índia,
e Ashura Mazdao era o nome de Cristo para Zoroastro.
SAMANA - Grande Entidade
que desempenha a função de ponto focal da Operação Resgate. Polariza-se em níveis além do
sistema solar, de onde atua sobre a Terra e se relaciona com outras galáxias.
Na Terra, sua potente energia ancora no centro intraterreno de Miz Tli Tlan
e de lá se esparge para os demais comandos dessa operação. É o principal canal
para o fluir da essência solar à órbita terrestre.
Rege Conselhos, Hierarquias e
outras consciências provenientes de diferentes pontos do cosmos para colaborar
na consagração deste corpo celeste. Expressão de puro amor-sabedoria, Samana é prolongamento da vida logóica galáctica. Esta
galáxia e este sistema solar têm como energia essencial o Segundo Raio Cósmico ou energia crística.
Nessa época, a vibração de Samana permeia toda a aura da Terra; possibilita
que, em ondas de vida, as Mônadas sejam encaminhadas para seu destino. Com
início da transição global, o contingente energético ativo em âmbito terrestre e solar foi elevado, o que
favoreceu o ingresso da vibração de Samana na aura planetária. Samana veicula a
Luz dos Signos Cósmicos com os quais a Terra deve interagir; é mensageiro
e representante de Congregações e Conselhos Intergalácticos e símbolo do poder
supremo que, com o máximo de harmonia possível, transfigurará este orbe.
Entre suas tarefas está a de impulsionar a
elevação da Terra, para dela mesma surgir quem a representará nos órgãos que
conduzem e determinam a evolução da vida cósmica. Nestes tempos, sua energia
une-se à do Logos planetário e permeia consciência dos seres que aqui evoluem.
Essa síntese realizada por Samana fornece as bases para a Operação Resgate. Portador do fogo
cósmico, Samana transforma
o estado energético dos seres, estabelece neles um equilíbrio que conta com
maior proporção de vibrações sutis.
Estimulação especial às Iniciações adveio da presença de Samana na aura da Terra; aproximou os grupos internos e Escolas solares e Fraternidades cósmicas. É por seu poder que a chama invisível do despertar arde nos níveis supramentais, abrindo as portas do cosmos para a vida terrena. A energia de Samana distribui-se por todos os rincões; e tudo eleva e dignifica. Sua consciência é como um prisma que reparte luz única nos diversos tons que devem penetrar a consciência terrestre. É também um transformador que ajuda a potência das energias disponíveis à capacidade de acolhê-las. Tendo imanente o amor cósmico, integra os diversos níveis de consciência que compõem a Terra. Cuida da redenção do planeta e do translado de milhões de ****Mônadas dos vários reinos da Natureza, e seu corpo é formado por miríades de consciências, em diferentes escalões. Jesus, no passado, expressão desta Entidade cósmica suprema. Simbolicamente, pode-se dizer que Samana é a Mônada dessa entidade, e Jesus a alma. Portanto, Samana e Jesus são um só ser inonimável que os funde e transcende.
Estimulação especial às Iniciações adveio da presença de Samana na aura da Terra; aproximou os grupos internos e Escolas solares e Fraternidades cósmicas. É por seu poder que a chama invisível do despertar arde nos níveis supramentais, abrindo as portas do cosmos para a vida terrena. A energia de Samana distribui-se por todos os rincões; e tudo eleva e dignifica. Sua consciência é como um prisma que reparte luz única nos diversos tons que devem penetrar a consciência terrestre. É também um transformador que ajuda a potência das energias disponíveis à capacidade de acolhê-las. Tendo imanente o amor cósmico, integra os diversos níveis de consciência que compõem a Terra. Cuida da redenção do planeta e do translado de milhões de ****Mônadas dos vários reinos da Natureza, e seu corpo é formado por miríades de consciências, em diferentes escalões. Jesus, no passado, expressão desta Entidade cósmica suprema. Simbolicamente, pode-se dizer que Samana é a Mônada dessa entidade, e Jesus a alma. Portanto, Samana e Jesus são um só ser inonimável que os funde e transcende.
Alguns CDS de partilhas de Trigueirinho, Madre Shimani e Frei Artur que
ampliam o tema:
Essas partilhas (palestras) podem ser ouvidas e adquiridas no site:
Irdin Editora
- Conversas com Trigueirinho nº 478
- Conversas com Trigueirinho
nº 248-
- Samana e a ordem graça e
misericórdia - Artur
- Presença da proteção nestes
tempos – 1ª parte - Artur
- La Ley de la Misericordia Divina
– 1ª parte - Shimani
-La Ley de la Misericordia Divina
– 2ª parte – Shimani
-
Los Cristos del Nuevo tempo 1ª
parte - Shimani
- Los Cristos del Nuevo
tempo 2ª parte - Shimani
Trechos extraídos do livro:
Glossário Esotérico
Trigueirinho - páginas 103, 104, 224, 225, 420 e 421 .
Editora Pensamento – 1995
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